Pretende-se transmitir conhecimentos, estratégicos e técnicos, do planeamento e abastecimento energético de uma comunidade, região ou país. Discutir diferentes paradigmas de planeamento energético desde sistemas descentralizados de micro e pequena produção, sistemas centralizados baseados em grandes centrais de produção passando por modelos intermédios e híbridos.
Um dos pilares essenciais desta disciplina corresponde à análise da compatibilização entre a produção e a procura, criando incentivos à alteração de hábitos, por forma a aumentar a eficiência e a diminuir o preço de energia. No caso do vector electricidade, é igualmente importante o aumento da fiabilidade e inércia da rede através de soluções de armazenamento e da produção baseada num “mix” de fontes energéticas de boa previsibilidade (e.g. empreendimentos hidroeléctricos). O mercado regulado deve espelhar a racionalidade do sistema energético, o qual deve incentivar a entrada de empresas produtoras com soluções que projectem elevada qualidade na robustez do fornecimento, sustentabilidade e na diminuição do preço da energia. Outra característica pretendida é o baixo índice de carbono da energia.
Nas próximas décadas, será essencial uma maior compatibilização das energias renováveis com as convencionais, seja na electricidade seja nos combustíveis. Pretende-se igualmente analisar e compreender os principais factores que influenciam as grandes políticas energéticas na União Europeia. O enquadramento do sector energético no paradigma do desenvolvimento sustentável e consequente necessidade em aumentar a eficiência e a parcela renovável, o qual pode e deve ser avaliado por índices como o rácio “PIB/energia primária” de uma região ou país. Aborda-se ainda a importância dos estímulos governamentais para acelerar a sustentabilidade energética, investigação em novas tecnologias energéticas e a diminuição da dependência externa.